quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Véio,

Não conheço Morricone como gostaria. Esse concerto dele aqui no Rio, não faz muito tempo, era um que eu gostaria de ter ido. Era a chance de conferir seu trabalho ao vivo, de ver o homem -- que não deve voltar ao Brasil. O mesmo vale para Paul McCartney, que, ao que tudo indica, vou perder, mesmo. Daqueles mitos que já passaram há muito dos 70, vieram ao Brasil e muito provavelmente não voltarão, fico feliz de ter visto alguns: Burt Bacharach, Charles Aznavour, B.B. King, Sonny Rollins, Wayne Shorter, Kurt Masur... Até que a listinha não faz feio. Qual é a sua listinha dos pé-na-cova?

Maxwell eu já havia escutado uma coisa ou outra, e não havia me fisgado. Sei lá, me soava como um Andrew Lloyd Webber da black music. Lendo a sua correspondência, fui atrás dele no YouTube, e meio que confirmei minhas primeiras impressões. É baba demais pros meus ouvidos. O cara é quase um branco! Não digo que não tenha talento. É um problema de repertório, na minha opinião. Será que estou ouvindo as faixas certas? Falta punch. Sharon Jones é outro naipe, tem aquela coisa negroide que pulsa. Assim como Amy Winehouse, uma das melhores coisas que a música pop revelou nos últimos anos. Se estragou horrores, é difícil ver uma carreira a ser seguida ali (só se a carreira for de pó...). Mas quem sabe? Parece que ela vem ao Brasil em janeiro. Soube, de fonte altamente fidedigna, que viria com Mayer Hawthorne.

Baixei hoje Lucy Woodward, cantora. Não conhecia nada. Está em seu terceiro disco, Hooked!, o primeiro pela Verve -- o que é, por si só, um sinal de qualidade, considerando a gravadora que é. Foi este que eu dounloudeei. Não escutei seus primeiros discos, mas parece, pelo que li, que seguiam numa seara mais pop. O que sei é que este desce que é uma beleza. Tem uma coisa meio jazzy, meio musical da Broadway, meio cabaré, meio bluesy, meio sexy (procure a capa para ter uma noção), meio trilha sonora, sem parecer esquizofrênico, manja? Ragdoll, a primeira faixa, que toca neste momento nos fones, me pegou de jeito. Além do que, a moça é uma graça. Look for Lucy e diga-me o que acha. Dá pra escutar tudo no site oficial dela.

Fui,

Tex-Mex

PS: maneiríssimo o livro do Dahmer. Valeu mesmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário