quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Meu caro,

Sim, você me convenceu com a questão da Ivete. Foi tudo no ponto e, mesmo que eu ainda ache meio mico tudo isso, foi certeiro. Sim, coerente com o crescimento da artista e toda essa coisa que a envolve. E continuo a concordar com a sua carta. Certamente a questão para o meu pai foi o mood, esperou uma coisa e viu outra. Sem contar que não é por dentro do trabalho de Mehldau, mas gostou independente do piano solo em quase duas horas.

Tenho implicância com o Vitor Araújo justamente pela questão do personagem vir antes do artista. Camisa surrada+calça jeans+all star+um repertório que passa por Chico e Radiohead.

Não é muito pronto isso?

Aliás, logo Chico e Radiohead, que considero artistas âncoras para quem quer mostrar/traçar uma personalidade. Ouvir Radiohead faz fulano cool. Chico também. Juntar os dois parece jogada de mestre. Não falo aqui da música deles - quem sou eu? -, mas algumas coisas assim me distanciam de um artista. O Radiohead, no caso. E este povo todo que aaama Chico, escuta mesmo Chico? Tenho um pé atrás com isso.

Estou ranzinza, reclamão, é melhor você falar do Gotan Project de ontem. Como foi?

No fim de semana, tem Rush. Vou trazer impressões, já que a música aqui é além das fronteiras.

Abração,

Fernando, el roquero

Um comentário:

  1. ótima iniciativa! descobri o blog pelo antônio carlos miguel, que bom!
    o texto de vcs, por se tratar de música, é musical...

    leve leve e sensitivo (seria esta a palavra?)!

    abraços sonoros,

    fred.

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