quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Fernando, meu caro,

Estou de volta, depois de uma maratona exaustiva em busca do Santo Graal, a.k.a. Paul McCartney. Me canso só de lembrar: saí direto do trabalho em um voo que atrasou, decolando às 18h50, fiz check-in no hotel pouco depois das 20h, larguei a mochila, embarquei num táxi e parti pro Morumbi, entrando no estádio uns dez minutos antes do show começar. No dia seguinte, acordei cedo, peguei um voo e saí do aeroporto direto para o trabalho. Faria tudo outra vez, é claro.

Sobre o show, o que dizer que já não tenha sido dito, ou o que não esbarre no mais surrado clichê? Difícil. A plateia já comia na mão do beatle (sim, beatle, acho esquisita essa história de ex-beatle) antes mesmo de ele subir ao palco. Quando ele abriu os trabalhos com Magical Mystery Tour, em vez de Venus and Mars/Rock Show, que foi a que você ouviu no show de domingo, foi uma catarse coletiva. A letra já era um aviso: "The Magical Mystery Tour is waiting to take you away..." Depois de dois shows abrindo com uma canção dele com os Wings, acho que ninguém esperava que ele começasse logo com um petardo dos Beatles.

Tirando algumas poucas alterações na primeira metade, o repertório foi basicamente igual ao que você ouviu. Senti falta, lógico, de Drive my Car, mas fui recompensado com Got to Get You Into my Life. Não vou me estender mais dizendo o óbvio ululante, que o show foi sublime, que Paul tem magnetismo cênico invejável, que a banda é excelente. Fico apenas com um relato muito pessoal: meus olhos lacrimejaram em My Love, no coro de Hey Jude e, especialmente, aos primeiros acordes de A Day in the Life, que para mim é top 3 dos Beatles.

Por enquanto, é isso. Falo mais na próxima correspondência.

Abração,

R.

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