sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Bird,

Como diria Calvin (sim, aquele dos quadrinhos): os dias estão simplesmente lotados!

Dizer quem é o melhor entre Beatles e Rolling Stones pode ser uma bobagem. Mas, se fosse para escolher -- como no dilema que propus há algumas semanas, Chico x Caetano, quem você eliminaria da História? --, não hesito em ficar com os Beatles, mil vezes Beatles. Tendo a crer que, se os Stones, tal qual foram, não tivessem existido, teria aparecido uma outra banda equivalente, semelhante, em algum momento. Enquanto os Beatles foram únicos. Em tempo: falando neles, hoje saberei se vai rolar Paul McCartney. Brrrrrrrr. Te dou notícias.

Como você sabe, recebi a discografia inteira do John Lennon solo, que está sendo editada aqui no Brasil pela EMI. Beatles eu conheço bem, mas do Lennon pós-Fab Four são os hits que me são mais familiares, tipo Woman, Imagine, Jealous Guy, Power to the People. O primeiro que tirei do plastiquinho foi Rock 'n' Roll, disco bem... roqueiro, claro, no melhor dos sentidos. Abre com Be-Bop-a-Lula, pra você ter uma ideia. E tem Stand by Me, que virou quase um clichê na discografia de Lennon, mas me fala muito ainda hoje. Nos próximos dias, vou seguindo por outros. 

Do rock para o jazz, dia 29 tem Preservation Hall Jazz Band. Vi uma versão da banda (provavelmente nem todos os músicos que tocam lá são os que saem em turnê) em Nova Orleans. O Preservation Hall é uma casinha com aspecto de velha, a meio quarteirão da Bourbon Street. É jazz tradicional na veia, com direito a um sujeito na tuba -- se você vir uma tuba numa orquestra de jazz, pode saber que é coisa das antigas. Nada de mesinhas, com nego comendo belisquetes e tomando seu uisquinho. Vendem, no máximo, uns refrigerantes e umas águas, que ficam em uns coolers do lado de fora. Informalíssimo. Nada de músicos microfonados, tampouco. As pessoas se sentam em cadeiras e bancos, em um formato de teatro, só que mais bagunçado. Muita gente no chão também. 

É um oásis de jazz de Nova Orleans, coisa mais roots, em uma região onde o gênero perdeu espaço nos últimos anos. A Bourbon é uma diversão, mas é preciso ânimo para garimpar jazz em meio a tanto rock, boates de striptease e jovens bêbados. Quando entrevistei Irvin Mayfield, mais do que um jovem trompetista, o embaixador cultural de Nova Orleans, perguntei a ele sobre isso. Ele me disse que o seu clube, o Irvin Mayfield's Jazz Playhouse, encravado no hotel mais chique da Bourbon Street, tinha exatamente a pretensão de revitalizar o jazz mais tradicional na rua. Não à toa, quem eu vi lá foi Bob French, grande baterista da velha guarda. Mas há também jovens nomes fazendo jazz tradicional por lá.

Amy Winehouse vem aí. Janelle Monáe e Mayer Hawthorne, não. Quer dizer, Janelle deve vir numa participação especial no show da Amy, como você já sabe. E Hawthorne, segundo você me informou, talvez venha para tocar no Circo. Seja como for, é estranho ver, mais uma vez, o Rio de fora. Não sei como vai ser o show da Amy -- ou se vai haver um, considerando que ela pode dar uma de Tim Maia, vai saber... Mas aposto minhas fichas. Janelle é que eu acho superestimada, a mais nova sensação da última semana. Acho que há uma foraçação de barra para dizer que ela está estouradaça, quando, na verdade, não está. Hawthorne já me interessa mais.

Metallica é a primeira banda a confirmar presença no Rock in Rio. Zzzzzzzzzz...

Bração,

Diz

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