segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Meu caro combalido,

Faltando apenas algumas horas pra o show de Amy Winehouse, a expectativa é alta. Parece que o show de Floripa foi legal, apesar de curtinho. Amy deixou a cargo do backing os vocais de duas músicas, e errou a letra de outra. Se o restante foi bacana, acho perdoável. Para quem veio se afundando em drogas nos últimos anos e comportou-se erraticamente (inclusive dando porrada em fã) em diversos shows, acho que estamos até no lucro. ACM disse que pareceu um "aquecimento" para as apresentações no Rio, como se estas fossem ser melhores do que aquela. Não sou tão otimista. Acho que vai ser na mesma toada, o que não é uma crítica. Como disse: se o que deu certo foi bom, fico satisfeito. E vamos combinar que é mais um na minha lista de shows de pé-na-cova (ela é mais pé-na-cova do que um Burt Bacharach ou um Sonny Rollins, né não?).

Aqui no Rio, Amy tem ficado reclusa no hotel, como você deve estar acompanhando. É do quarto pra piscina e vice-versa. Antes de desembarcar na cidade, parece que queria conhecer a Lapa. Vindo de Amy Winehouse, neguinho esperou pelo pior. Mas, à vista do público, até que a moça está bem quieta. No quarto, entretanto, parece que ela se torna a Amy de sempre. Quebrou algumas taças, móveis e enfeites. Roubou bebida alcoólica do frigobar do quarto vizinho. Em contraponto, no show de Floripa, fez a linha boa moça. Apareceu vestindo branco e bebendo aguinha, fazendo até gargarejo. Para mim, a explicação é simples: depois do Brasil, ela só tem um show marcado para 2011, em Dubai (não me lembro o mês). Aos olhos do público e do mercado internacional, ela tem que parecer capaz de segurar uma turnê para voltar a fazer shows. Ou seja, da porta do hotel para dentro é a boa e velha Amy porralouca; do hotel para fora, é a Amyzinha paz e amor.

Sobre o show de abertura: ouvi Janelle de novo em casa, e soou pior do que a primeira vez.

Em compensação, ouvi Frank, o primeiro de Amy, e é muito bom.

Em tempo 1: depois que sair dessa fase monotemática de Amy, falo sobre Lenine. Mas adianto que gosto.

Em tempo 2: minha resenha do disco de Cee Lo Green saiu na Rolling Stone deste mês. Prestigie. Nem que seja dando uma folheada na banca.

Bração,

Saudável

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