segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Meu amigo Teixeira,

Acabei de ler sua matéria sobre as caixas na IstoÉ e me animei em saber que vem coisa de Milton aí. Aquela dele, que saiu uns anos atrás, perdi na época. É interessante - e custoso para quem compra - o mercado das caixas, mas ainda sou novato. Tenho uma da discografia do Led Zeppelin em mini elepês, que são réplicas dos originais. É linda. Veio via Amazon, numa compra baratíssima.

Agora, tenho uma coisa com os relançamentos: prefiro que as inéditas venham num prato separado, à parte, como os Stones fizeram nessa última edição do Exile. Acho chato quando as sobras entram ali no fim do disquinho ou - pior ainda - quando colocam algo ao vivo encerrando. Poxa vida, pera aí. Coloquem, por favor, sobras e coisas ao vivo num cd separado. Quero o cd como sempre foi. Você também tem isso?

E o que me diz do Eli Paperboy Reed?

Fiquei os últimos dias passeando pelo seu Roll With You. É algo roquenroul, né? Tem muito de soul, mas tem muito da vibração do rock ali das décadas de 50 e 60. Fiz essa leitura. Banda ótima, afiada e ele tem uma voz bacana. É pra ouvir alto, com as caixas gritando, num sabadão em casa. Bom, pelo menos foi assim que tocou muito bem anteontem. Na rua também funciona. É uma música que te coloca pra cima. Deve ser bom viajar numa estrada com o Paperboy de trilha.

Sim, já tinha lido algo sobre o Alucinações Musicais. Parece interessante mesmo. Esse caso epilético me lembrou o Ian Curtis, do Joy Division, que tinha aquela dança estranha e, na verdade, estava tendo uns surtos de epilepsia ao som da banda, algo assim. Li isso esses dias pela internet, não sabia. Na verdade, esse fim de semana dei play inúmeras vezes na - manjadíssima - Bizarre Love Triangle. Em seguida, comecei a ler sobre o New Order, que nunca ouvi de fato, e assim cheguei naturalmente ao Joy Division. Não sei se você gosta, mas me pergunto: como alguém gosta daquilo?

Queria levantar aqui uma pergunta também. Soube que Jorge Vercillo foi vaiado no aniversário de Mautner, no Circo, dias atrás? Não tenho nada de Vercillo, nunca ouvi um cd inteiro, e não me interessa, mas respeito, acho que é um artista honesto. Tento entender de onde vem essa coisa de vaiá-lo, não só no palco, mas em tudo que faz. Deixem o cara em paz. Cada um faz sua música.

Virou uma coisa cool detestá-lo. Não acha?

É por aí.

Miranda

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