quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Camarada,

Sim, há mais coisa lá fora. Há mais coisa interessante lá fora para os meus ouvidos. Sendo assim, chegamos na equação matemática que resume o player. Não conheço o disco do Gnarls Barkley justamente pelo frenesi na época, fiquei longe. E, até por isso, quase não baixei o Cee Lo Green, que também saiu etiquetado. Fiz junto com o Arcade Fire, como exercício, para ouvir, mesmo com a coisa hype. Cee Lo bateu muito bem, estou preso, não consigo sair. Aguardo sua opinião. Já o Arcade Fire, tããão falado por aí, soou longo. Começou bem, mas fica repetitivo, poderia ter quatro músicas menos. Mesmo assim, é uma boa banda.

Peguei o Ray Charles que sugeriu, mas ainda não escutei. Comprei também um da Preservation Hall lá no show no Municipal. Aliás, grande apresentação aquela. Essa série Jazz All Nights foi uma das melhores coisas do meu ano. A música que o baterista cantou me remeteu ao Ray, que sempre ouvi em casa, pelos discos, depois CDs, do meu pai, fã do cara.

Hoje li, no Globo, sobre o DVD de Marcelo Camelo, lançamento. Quero assistir, estou curioso. Gosto muito do Sou/Nós, acho que Camelo foi feliz naquele disco. Boas canções, com um tratamento bonito e ao estilo dele. Santa Chuva, por exemplo, com aquelas cordas, ficou bela. Acho Los Hermanos a grande banda nacional da minha geração e, talvez, a única. O que não é difícil, vamos combinar.

Sei que o Brasil viveu o rock BR, dos anos 80, mas, nascido em 84, cheguei depois na música, e para encarar as produções daquela época, não dá. O Rock Brasil teve data de validade, na minha opinião. Por isso abracei os Los Hermanos, não tudo, mas, principalmente, Bloco do Eu Sozinho e Ventura. Dois discaços. Para completar, o DVD gravado no Cine Íris pega bem o momento que a banda estava. O álbum seguinte, 4, tem seus momentos, especificamente os de Camelo, mas perdeu charme tirando o naipe de sopros, que eu via como peça-chave no som deles. O concerto de despedida, na Fundição, eu já estava meio distante, achei fraco, muito.

Bloco e Ventura eu revisito com entusiasmo. Ótimas composições, arranjos. Por que não temos uma dessas novas cantoras gravando um Canta Camelo?, ou Canta Hermanos? Acho que daria um ótimo trabalho. Sei que algumas delas já gravaram soltas, mas um trabalho inteiro, bem arranjado, seria bonito de se ver.

Comente de Hair, comente de Los Hermanos.

Abração,

Miranda

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