sábado, 18 de dezembro de 2010

Noel,

Simone pode ter aposentado sua versão de John Lennon, mas o beatle anda tocando bem aqui em casa, em sua fase solo. Recebi da EMI toda a discografia do homem e alguns ainda seguem no plástico, para serem degustados em seu tempo, sem correria. Aliás, a semana passada foi recheada de Lennon, com vários programas no GNT. Vi um pedaço de uma dramatização da vida dele, com uns atores desconhecidos, e um pedaço de um documentário sobre a relação dele com Nova York. Interessantes, embora sem maiores revelações, mas me fez rever alguns conceitos a respeito de Yoko, que ainda me passa a imagem de chatonilida, mas comeu o pão que o diabo amassou com a perseguição dos fãs dos Beatles em Londres -- o que, por fim, foi determinante para a ida do casal para NY.

Enquanto isso, Cee Lo Green continua rodando, não ininterruptamente, mas com frequência. Onde quer que leia algo sobre o disco, as críticas são positivas -- exceto no blog do ACM, que encontrou ecos de Crazy em F**k You, o que, ora pombas, não é qualquer demérito... Fiz uma curta resenha para a Rolling Stone, que você teve a bondade de ler antes que eu enviasse, e, bem, você viu lá que eu estou com os que elogiam. Cee Lo e outros afazeres de fim de ano, devo dizer, têm me afastado de Fitz and The Tantrums -- que já está comigo, mas ainda não coloquei para rodar. Mas, se tudo for bacana como MoneyGrabber, estamos feitos. Entre os comentários ao vídeo no YouTube, havia um que achei tão engraçado quanto certeiro: "Motown + Bowie = Awesome". Assim que ouvir o restante do disco, escrevo algumas linhas.

Aliás, ainda na mesma seara, conversando com um amigo, sugeri que ele jogasse Cee Lo Green e Ben L'Oncle Soul no YouTube, para ver qual é a da nova soul music que vem sendo feita lá fora. E foi bem interessante porque ele achou o francês mais "consistente" (palavra dele) do que Cee Lo, de quem ele gostou, mas achou "bem pop" e se perguntou se "tem fôlego" (novamente, palavras dele). Sem concordar ou discordar, fiquei matutando por que ele teria achado isso, e me veio à cabeça que, enquanto Cee Lo injeta a sua personalidade musical na coisa, talvez Ben L'Oncle seja mais reverente ao passado, e emule os heróis do soul sem reprocessar tanto (o que não significa copiar, deixo claro). E como o soul das antigas sempre soa mais consistente do que o pop atual, então... Faz sentido pra você?

Falando em passado, escrevi uma matéria para a Istoé sobre essa onda de caixas que recuperam a obra de um artista, uma série de discos antigos enfileirados num pacote luxuoso, manja? Há uma tendência claramente detectável, só de setembro para cá lançaram Beth Carvalho, John Lennon, Legião Urbana, Itamar Assumpção, Tim Maia e outros que não estou lembrando. Como a matéria ainda não saiu (deve ser no próximo sábado), fico quieto, mas te pergunto: você arrisca alguma explicação para a onda?

E, falando em caixas, o presente da semana foi a caixinha Michael Jackson's Vision, que a Sony teve a bondade de mandar, com todos -- todos! -- os clipes da carreira de Jacko. Como se não bastasse tudo que o cara fez pela música em si, ele também definiu os parâmetros do que chamamos hoje de videoclipe. Acho que, perto dele, só o Duran Duran fez tanto pela MTV em seus primórdios. Os maiores clichês dos videoclipes foram instituídos pelos caras.

Mudando de praia: Mayer Hawthorne e Amy Winehouse. Teremos um bom janeiro.

E a Modern Sound, hein?

And so, this is Christmas,

Rudolph, a rena do nariz vermelho

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