quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Maurice,

Sim, Esperanza é ótima. Gosto muito do anterior, que abre com Ponta de Areia, de Milton, num charmoso português. E como toca baixo, não? Fora a ginga e o - novamente - charme. Certa vez, estava eu numa festa para recepcioná-la na casa do Milton. Falaram que ela chegaria por volta de onze da noite. Eu estava lá, animado, afinal, era um show particular da moça. E a hora passava e nada dela, que gravava, perto dali, no estúdio do saudoso Tom Capone, participação no álbum de alguém. Ana Carolina, talvez. Enfim, boa jam session rolava, enquanto ela atrasava e atrasava...

Ela pintou por volta das 4 da manhã. Eu já estava detonado e ainda trabalharia no dia seguinte, cedo. Resultado: peguei um autógrafo no meu disquinho e saí fora. Fiquei sabendo, já no dia seguinte, que a moça começou a tocar e cantar às 5 e continuou pelo início da manhã, de forma arrasadora. Mandando muito no baixo elétrico.

Perdi.

Vi, na verdade, apenas os premiados no Grammy nos sites. O último do Arcade Fire é interessante, vale a pena pegar. E foi realmente muito bacana eles terem faturado. Mas não me liguei na cerimônia na tv, estava bêbado de sono e, zapeando de canal, parei num Mick Jagger, sempre elétrico, cantando com o Saadiq. Já quase dormindo, nem vi o Saadiq direito, a câmera não filmava o cara. Nem sei, ao certo, se ele estava no palco. Lembro apenas de Mick.

Amy e Cee Lo causarão barulho, caso o dueto realmente aconteça.

O James Blake parou de rodar, mas vale ir atrás, pelo menos daquele música que falei. Tem algo, principalmente na voz. Voltarei depois nele.

No fim de semana assisti O Vencedor, ótimo filme, com uma atuação comovente e espetacular de Christian Bale na pele de um ex-boxeador, viciado em crack, que agora treina o irmão. Na primeira cena do filme toca uma música com um groove certeiro e um riff de guitarra irresistível.

Achei que era algo obscuro da fase de ouro da black music, mas descobri, já no google, ser uma banda chamada The Heavy. A música é How You Like Me Now - passa lá no Som Imaginário e escuta. Fui atrás do álbum, de 2009, e não me decepcionei. São ingleses fazendo um soul funk com uma pegada bem roqueira. O vocalista tem uma voz daquelas. Vale catar a apresentação deles no Letterman também.

É o que toca nos últimos dias.

Domingo pego um avião para Europa. No roteiro musical: em Roma, conhecer a Accademia Nazionale di Santa Cecilia e lá assistir algum concerto com orquestra; em Paris, sair com algumas sacolas das Fnac e ir a um pequeno festival com bandas europeias de metal. Fora isso, cruzar com outros shows menores por lá, fora da agenda.

Até a volta, meu caro. Novidades à vista.

Grande abraço,

Verdine

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