quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Jazzman,

Desculpa a demora e a correspondência curta, mas sinto que as férias - que chegam em menos de 20 dias - estão fazendo com que eu fique, dia após dia, cada vez mais, no piloto automático. Você sabe como é isso.

Como fã de rock progressivo e toda essa coisa de discos conceituais com começo, meio e fim, achei bonito também o lance do Pink Floyd, mas concordo com você, não sei o que isso significa na prática. É uma coisa mais deles, né? Uma bandeira que eles levantam e uma integridade que eles mantém da obra. Mantém entre aspas, qualquer um pode mandar para a lixeira o The Wall inteiro e ficar só com... Another Brick in the Wall, por exemplo. Aliás, lembrei aqui de Goodbye Blue Sky, uma pérola.

Nos últimos dias, por coincidência, estou ouvindo muito um grupo norte-americano chamado Dear Hunter, que faz essa onda de cd amarrado, sem pontas soltas. Tinha tempo que eu não pirava numa banda de rock dessa forma. E no meio disso, ouvi Mingus, o Ah Um, que sempre li ser dos clássicos e você recomendou aí cartas atrás. Muito bom, sensacional. Mas darei impressão melhor mais pra frente, mais familiarizado.

A minha defesa do Vercillo é justamente por muitos vaiarem na coisa da boiada, sem ouvir uma música do cara, ou seja, indo no bolo, apenas pelo fato d'ele ser o chato, o sub-Djavan, o mala da MPB. E a sua questão é boa. Será que agora é cool gostar de Jorge Vercillo?

Não ganho dinheiro para defender o Vercillo, assim como não ganho trocados para defender o Rock in Rio, mesmo que o festival esteja mal das pernas. Apenas acho que o Medina sempre foi coerente, em todos. Embora seja uma coisa tem pra todo mundo, gosto do espírito do festival e o consultor dele para heavy metal sempre acerta. O primeiro é inigualável por uma questão, acho eu, de qualidade da cena, de quem estava no mainstream.

Queria eu ter ido em 85.

Abração,

Metalman

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