terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Fio,

Jeneci caiu num limbo. Ainda não escutei. Prometo que, assim que ouvir, você será o primeiro a saber.

Devia ter falado sobre ela na correspondência passada, mas esqueci: ouvi Chamber Music Society, o último de Esperanza Spalding, e achei bem bacana. Jazz pelo filtro da música de câmara, belos arranjos, odes à música brasileira -- como na presença do seu tão estimado Milton Nascimento em um dueto com ela, na bela Apple Blossom. Seu disco anterior rodou mais vezes, mas acho que é da própria natureza de cada trabalho: música de câmara não gruda, não roda ininterruptamente. É pra degustar.

Você viu o Grammy? Não conheço nada de Arcade Fire, mas gostei que a banda tenha vencido. A concorrência era meio lixão... Corri atrás no Youtube para ver Cee Lo Green em uma performance impagável com uns muppets e uma improvável Gwyneth Paltrow, cantando Forget You, a versão pudica de Fuck You. O que era aquela fantasia de Cee Lo? Pronto para o carnaval do Rio... Achei que ele estava economizando um pouco na voz, não sei se estava doente ou qualquer coisa assim. Você já viu vídeos dele ao vivo, sabe do que o cara é capaz. Em tempo: você viu que ele deve aparecer num dueto com Amy Winehouse no próximo disco dela?

Deixei para o final de propósito: te pergunto sobre disco music porque, além da caixa da Stax e da Motown, adquiri uma de hits da disco music. Para usar o jargão gay tão apropriado ao estilo musical: adoooooro. A disco sempre foi meio primo pobre na linhagem da black music, aquele que todo mundo acha meio café-com-leite, mas deixam brincar de vez em quando. É incrível escutar isso hoje e comparar com as músicas para dançar de hoje em dia. Não dá nem pro cheiro.

Bração,

Eu

PS: vou atrás de James Blake e te digo.

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