quinta-feira, 2 de junho de 2011

Neumayer,

Começando pelo fim: Bizarre Love Triangle é uma daquelas músicas que eu seria capaz de ouvir indefinidamente, no repeat. É engraçado, porque isso não significa que essas músicas sejam necessariamente boas. Muitas vezes são, mas não é disso que se trata -- elas simplesmente entram fácil no meu ouvido, sem enjoar. Crazy, do Gnarls Barkley, é outra. Head Over Heels, do Go-Go's (que, aliás, estou escutando neste exato momento), também. Don't You (Forget About Me), do Simple Minds, outra. Você vai achar estranho, mas What's My Name, do Snoop Dogg, é outra. Cantaloupe Island, do Herbie Hancock (que gerou Cantaloop (Flip Fantasia), do US3), idem. E há mais...

Herbie Hancock, aliás, não sei se já te contei, foi um dos points of no return para a minha entrada no mundo do jazz. Eu era moleque, e adorava -- como todo mundo -- quando tocava Cantaloop (Flip Fantasia) nas festinhas. Achava a música duca. Um belo dia, estava eu numa festa no Iate Clube. Na área externa, longe da pista, tinha um bar e um telão onde passavam uns clipes. Não me pergunte porque diabos fizeram isso numa festinha de adolescentes, mas o que eu sei é que, de repente, entrou um clipe do Herbie Hancock tocando Cantaloupe Island. Bicho, foi uma iluminação. Inicialmente, eu não entendi muito bem, fiquei confuso com relação a quem teria chupado a ideia de quem. Quando a ficha caiu, eu já estava fisgado.

Dois discos rodaram aqui em casa por esses dias. Um bem bonito, do Chico Adnet (irmão do Mario, pai do Marcelo), chamado Alma do Brasil. Merece mais audições antes que eu fale qualquer coisa. E o outro foi o registro do show de Caetano Veloso e Maria Gadú, que tem seus momentos. O primeiro CD (o disco é duplo) é indiscutivelmente melhor, com eles em duo desbravando um pouco de um repertório ao qual Caetano há muito não voltava -- O Quereres, Rapte-me Camaleoa, Vaca Profana... No segundo CD, principalmente na parte em que Maria Gadú canta sozinha, a peteca cai. Tenho a impressão de que é efeito da superexposição. De fato, a moça começa a cansar -- se é que já não cansou. Um único álbum de estúdio e sei lá quantos CDs e DVDs ao vivo, fora as participações em trabalhos de outros...

Só pra não deixar sem registro, Paul McCartney foi incrível, de novo. E, desta vez, sendo o Engenhão bem menor do que o Morumbi, deu pra ver mais de perto. O fato de ter sido a segunda dose foi bom para ter uma noção melhor do show como um todo, observar os músicos e tal. E concordo contigo: essa turma que diz que a banda é só o.k. talvez diga que Ringo é um baterista apenas correto. Releve, releve.

E o BMW, hein? Tô animado, principalmente com Sharon Jones -- que, aliás, deu uma entrevista acho que pra Rolling Stone, dizendo que não faz parte desse revival do soul. Teve gente que achou meio arrogante, mas eu entendo o que ela quer dizer. Pombas, ela não é dessa geração nova que revisita a soul music. O que ela faz é a própria soul music. Não acha?

Aliás, isso me remete a Amy Winehouse, que, pelo que li, já finalizou o terceiro disco. Mas o povo da gravadora não quer lançar enquanto ela não termina a rehab. Aguardamos ansiosamente.

Ouvi o Jamie Woon, e achei, sei lá... comme cicomme ça.

Vamos que vamos.

Bração,

R.

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