quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Tex,

Pegando carona no assunto "de quem você espera um disco novo no Brasil?", fui ao show do Milton Nascimento, na última sexta. Só adiantando: não embarquei muito no último dele. Acho bonito esse lance generoso dele de chamar uma turma para participar do álbum e tal - como aconteceu no Pietá -, mas, poxa, queria um disco do Milton Nascimento, sabe? Fora que vejo como deslizes gravar Jota Quest e Adivinha o Quê?, do Lulu, que tem outras muito melhores.

É birra minha?

Mas fui. Fui lá pra Barra, no Citibank Hall. Antes, claro, lancei aquele sanduba no Cervantes, de filé, mas sem abacaxi -- não gosto de misturar fruta na comida e coisa e tal. Em linhas gerais, o show é bonitão, assim no aumentativo mesmo. Mas onde tem essa generosidade, onde transborda essa coisa acolhedora mineira, falta unidade, falta liga. No meio do show a coisa dá uma esfriada com inúmeras participações, e muita (!) gente no palco, mas ok, o início do show é demais, com Milton jogando pra torcida com Encontros e Despedidas e Caçador de Mim, pra citar duas -- com a banda enxuta, só baixo, bateria, guitarra e teclado -- e uma voz muito, mas muito, em forma.

Embora o show caminhe bem, com saldo positivo, sou a favor de Milton fazer algo nesse formato mais enxuto, com os músicos mais soltos. É importante estar à vontade e essa coisa de muita gente não permite tanto. Ou até um álbum tipo Crooner 2. Gosto muito do primeiro.

Sim, anteontem fui na exposição do Miles. É espetacular. A ideia da montagem é esperta ao dividir as épocas e fazer com que passemos por cada fase, cada momento, cada mudança dele. Não quero falar muito até você ir. Não quero estragar nenhuma surpresa, mas é sensacional. Saí de lá gostando mais de Miles e mais desse universo do jazz. Falamos mais na sequência.

Mandou bem no Steely Dan. Eu só conheço o primeirão, Can´t Buy a Thrill, e gosto muito. Vou te acompanhar nessa.

Fico por aqui, passei rapidamente.

Abração,

F.

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